Rancor

7 de dez. de 2009


Como se fosse meia dúzia de espinhos, os fatos mau resolvidos vêem roendo as minhas cordas vocais. E é uma coisa contagiante, pois enquanto rói minha garganta, vai doendo no meu peito, e ao mesmo tempo pirando meu cérebro, que recorda detalhe por detalhe de todas ocasiões. E quando me encontro nesses casos, essa palavra denominada perdão, se torna uma coisa tosca, subliminar. É pelo simples fato, da causa ser a melhor amiga da consequência.
E os fatos vão flutuando sobre minha mente, me fazendo analisar os fatos ocorridos a cada momento, lembrar de todos os desentendimentos e chegar a conclusão que não é a primeira vez que um fato desse tipo acontece, e eu começo a chegar a conclusão que dá uma mera imprensão de impiedade no meu consciente. E não adianta, enfiar_me uns goles de esquecimento goela abaixo, pois apenas os espinhos estão na garganta, as dores dos arranhões estão no coração, que sofre por causa de qualquer mínima ferida. Sinto um aperto na região do peito, quando se fala em perdão, e ninguém tem o direito de me julgar, falando que eu sou sem noção, é que ninguém tá dentro de mim, para saber qual foi a ação que provocou a reação.
Quem sabe um dia, um instante, ou até mesmo em um sonho insano, eu acomode os rancores em cada veia fincada no coração, e os deixe a vontade para viajar e depois escute bossa nova, para poder relaxar. Isso quem sabe me ensine a perdoar, quem sabe assim os outros ficam purificados, para novamente me magoar...

1 IMAGINARAM:

Caroline Farias disse...

Perdão... uma coisa tão dificil de dar, só o tempo e as situações podem ensinar a perdoar!

adorei aqui, estou a te seguir!

beeijo