Irmãos e o Feto - O sobrinho Capítulo 3

30 de out. de 2009

Fui até o banheiro, sentei no chão e coloquei a faca sobre meu pulso direito, eu estava certo de que toda a minha dor ia desaparecer naquele dia, naquela hora.
Mas algo me dizia pra eu não fazer aquilo, eu tinha a imprenção de que tinha algo muito sério que eu ainda tinha que desvendar, minha mãe não estava blefando quando ela disse que tinha algo para me contar.
No final, fiz apenas um arranhão no meu pulso, ali mesmo no banheiro fiz um curativo e fui para o meu quarto. Demorei a pegar no sono, aquela cena que acontecera hoje não saía da minha cabeça, a imagem da minha mãe com ódio de mim, chorando e toda machucada, acho que ela não estava mais machucada do que eu...
No dia seguinte, descia a escada da minha casa quando deparei com a minha mãe no telefone com alguém, eu estranhei, minha mãe parecia desabar , ela quase sussurrava no telefone, parecia não querer que alguém a visse no ali. Sentei na escada e fiquei escutando a conversa, minha mãe disse várias vezes que amava a pessoa do outro lado da linha, não podia ser, minha mãe tinha um amante.
Ela disse várias vezes pra pessoa que não aguentava mais e que queria fugir mas tinha medo do meu pai, ela dizia que ele era muito ruim e que se a encontrasse iria mata_la, só um homem sem coração faria o que ele fez e estava fazendo com a própria irmão dele, meu Deus, eu tenho uma tia, o que será que meu pai fez com ela e está fazendo, então é essa a historia que minha mãe iria me contar ontem. Minha mãe ouviu o barulho do carro do meu pai chegando e logo desligou o telefone e foi para cozinha e eu desci como se nada tinha acontecido.
Meu pai chegou e deu um beijo no rosto da minha mãe, sempre com aquela cara cínica e minha mãe com cara de nojo dele, depois olhou para mim e perguntou se eu já tinha feito a lição de casa, eu balancei a cabeça em sinal de positivo, pra ele num tinha acontecido nada, ele estava agindo normalmente, mas eu e minha mãe não esquecíamos pois estávamos marcados por dentro e por fora.

Uma semana depois enquanto andava pelo jardim da minha casa, notei que havia um objeto coberto por uma pequena quantidade de terra atrás das orquídeas, me dirigi até o local e o peguei, que em primeira vista parecia ser um livro preto, não havia nada escrito na capa.
Abri o livro e olhei rapidamente, notei que era a letra da minha mãe, aquilo não era um livro, era o diário da minha mãe, corri para o meu quarto para ler...
Meu Deus, isso não pode ser verdade, isso e desumano, ele não podia fazer isso...
Capítulo 4

1 IMAGINARAM:

Nati Pereira disse...

Oi, em relação ao meu post: na verdade eu descrevi em algumas linhas como meu ex namorado é e em outras descrevi o término. Eu falei tudo na cara dele, sim! beijos e muito obrigada por comentar :D